Nesses 3 anos, os principais canais vistos como aliados de Bolsonaro, Record TV (do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal) e SBT (de Silvio Santos), receberam mais do que a Globo, apesar de terem 1/3 da audiência nacional da rede carioca.
A Secom direcionou à Record TV R$ 58,8 milhões. A fatia ao SBT foi de R$ 53,5 milhões. Essa disparidade fez o TCU (Tribunal de Contas da União) entrar em ação e determinar que a Secom distribuísse sua verba com base na proporcionalidade de público atingido.
Com isso, a Globo voltou em 2021 a ser o canal de TV que mais recebe verba publicitária do gabinete presidencial – em 2019 e 2020 ficou em terceiro lugar, com Record TV em primeiro no ranking de valores e o SBT na segunda posição.
Este ano, de acordo com a previsão orçamentária, a Globo ficou com R$ 19,5 milhões, a Record TV teve R$ 17,1 milhões e SBT, R$ 16,5 milhões da verba da Secom.
Em 28 de agosto de 2018, ao ser sabatinado ao vivo na bancada do ‘Jornal Nacional’, o então candidato Bolsonaro disse a William Bonner e Renata Vasconcellos que o “Sistema Globo” vivia dos “bilhões” de verba do governo.
Números de presidências anteriores mostram que a publicidade federal nunca representou mais de 5% do faturamento do Grupo Globo e, anualmente, jamais atingiu a casa do bilhão.
Variou de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano (incluindo verbas de ministérios e estatais). Em 2020, os R$ 16 milhões da Secom à emissora não chegaram a 0,2% da receita total do Grupo Globo (R$ 12,5 bilhões).
Globo x Bolsonaro e Lula x Record. Quem ganha?: