Na manifestação, o advogado da funkeira, Jose Estevam Macedo Lima, afirmou que "agredir e incitar ódio contra um gênero é considerado crime" e que "a liberdade de expressão não é liberdade de agressão, sendo preservadas pela Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, sendo certo que as agressões que vem sofrendo a MC, no exercício de sua profissão e fora dele, serão comunicadas às autoridades competentes para adoção das devidas providências".
As respostas foram direcionadas a falas do parlamentar proferidas no dia 8 na Assembleia Legislativa do Paraná, quando ele disse que "lugar de prostituta é na casa de prostituição". Ele ainda ameaçou a cantora de prisão, "caso pisasse em Curitiba para fazer um show com cunho pornográfico".
Ao anunciar o cancelamento do show, a boate se justificou: "Tendo em vista os últimos acontecimentos e divergências sobre a composição na apresentação do show, a Shed Curitiba optou pelo cancelamento do show da MC Pipokinha, que seria realizado no sábado, dia 20/5", dizia o comunicado.
No lugar da funkeira, a casa noturna contratou MC Caverinha. Os ingressos adquiridos para a apresentação de MC Pipokinha seguem válidos para o novo show e todos terão direito de levar um acompanhante sem custos adicionais. Há também a opção de pedir o reembolso do valor investido.
MC Pipokinha é conhecida por suas letras carregadas de referências sexuais, suas performances ousadas, com simulações de sexo com dançarinos e espectadores, além de ter se envolvido em diversas polêmicas por conta de alguns posicionamentos, principalmente quando debochou do salário dos professores.