sexta-feira, 17 de junho de 2022

Criança aciona polícia ao ver que irmã também estava sendo abusada por primo, diz PM

O caso aconteceu no Jardim Paulista III, em Maringá. De acordo com a Polícia Militar, uma criança de 12 anos ligou para a polícia ao descobrir que a irmã, de 3 anos, também estaria sendo abusada sexualmente pelo primo, de 21 anos. Ela e outra irmã, de 10 anos, eram violentadas pelo primo, segundo a polícia. 

Na residência, moram as duas famílias. A situação aconteceu na quarta-feira, 15. A jovem relatou que os abusos aconteciam há cerca de 3 anos. 

De acordo com o tenente Ulisses de Deus, da PM, a criança acionou a polícia quando os pais não estavam em casa. 

A primeira coisa que chama a atenção foi o pedido de socorro que foi realizado pela criança de 12 anos. O que deu a entender é que ela se aproveitou de um momento onde o abusador estava indo na intenção de abusar uma das irmãs dela, uma criança de três anos de idade, e acionou a polícia militar. As equipes se dirigiram ao local. Num primeiro momento ele foi detido, não estava em ato de abuso, mas em conversa com essa criança ela informou que esses abusos já vinham ocorrendo há cerca de três anos, tanto a ela, quanto à irmã dela. […] Segundo relato dessa criança, o pai não tinha conhecimento que isso tinha acontecido, porém a mãe já havia relatado pra mim o fato e a não sabemos quais as razões, mas a mãe não tomou a providência devida”, diz o tenente

A Polícia Civil e o Conselho Tutelar foram acionados. As crianças foram encaminhadas para fazer os exames e estão sendo acompanhadas. 

O suspeito e a mãe das crianças foram levados à delegacia. O homem permanece detido até a audiência de custódia, diz o tenente. 

Crianças que estão sendo vítimas de abuso normalmente apresentam mudança de comportamento perto do abusador. É importante estar atento, reforça o tenente Ulisses.

“O abuso, quando acontece […] as crianças sempre apresentam sinais, como mudanças de comportamento perto do abusador, a criança chora, fica menos comunicativa. As mudanças bruscas de comportamento […] são sinais de que alguma coisa está acontecendo errado. […] Geralmente o abusador é alguém próximo da família, pode ser um parente, pode ser um amigo. […] Os pedagogos e as escolas estão atentas para isso, mas o pai, a mãe, as pessoas que moram na mesma residência tem que observar essa situação […] para tomar as devidas providências”, explica o tenente.

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: GMC