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Gláucia que tem 27 anos, e uma filha de 2 anos, foi trabalhar como copeira no hospital em que Cotinha morava. Neste local, elas não apenas se conheceram, como se tornaram próximas. Algum tempo depois, o hospital foi fechado, e a senhora teve que ser levada para um abrigo. Em uma visita à idosa, Gláucia conversou com Cotinha, que disse que queria muito ir embora dali.
“Ali eu já senti alguma coisa, sabe? Eu falei: “Eu não vou deixar ela aqui!”, contou Gláucia, em entrevista.
A adoção
Comovida com a situação de Cotinha, Gláucia então decidiu adotá-la. Foi até a Defensoria Pública para oficializar a adoção. Mesmo passando por dificuldades financeiras, ela conta que não poderia abandonar a idosa em um asilo.
“Eu cheguei a ir num asilo. Os idosos quietinhos num cantinho, sabe? Eu falei: “Eu não vou abandonar ela! Eu falei assim: “Se é para passar fome, a gente vai passar juntas!”, lembra ela.
E então Cotinha finalmente ganhou um lar, uma mãe, e uma irmãzinha caçula, a Emily, que é a filha mais nova de Gláucia. Ela relembra o momento em que senhora chegou a nova casa: “Ela viu as coisas tudo dela no quarto que ela dormia da Emily. Você tinha que ver ela me abraçando. Aí ela falou: “Eu não vou embora mais!”.
Com o tempo foi natural, até que a senhora começasse a chamar Gláucia de mãe. Para ela, o amor que tem pela Cotinha é o mesmo que tem pela filha mais nova, sem nenhuma distinção. Em 2017, ela finalmente conseguiu concluir o processo de adoção e registar Cotinha.
Um história muito linda e inspiradora, uma mulher que adota uma idosa sem nenhum grau de parentesco e faz dela a sua filha. Ela até brinca com a situação. “Eu falo para as pessoas que quando ela tinha 40 anos, eu nasci. A mãe dela nasceu”.